FAHRENHEIT 9 DE NOVEMBRO E A TERCEIRA CAMPANHA PRESIDENCIAL DE TRUMP 

FAHRENHEIT 9 DE NOVEMBRO E A TERCEIRA CAMPANHA PRESIDENCIAL DE TRUMP 

“Como [censurado] isso aconteceu?”

Michael Moore (FAHRENHEIT 11/9, 2018, tradução nossa [1])

Com imagens dos resultados das eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2016, Michael Moore faz a pergunta que acompanhará o telespectador por duas horas, já na cena de abertura. E, é claro, tentará explorar como foi que o cenário político se tornou favorável à vitória de Donald Trump, mesmo com tantos especialistas prevendo a presidência de Hillary Clinton. Escrito, dirigido e produzido por Moore, “Fahrenheit 9 de Novembro” (2018), ou Fahrenheit 11/9, é uma sequência ao aclamado e premiado documentário “Fahrenheit 11 de Setembro” (2004), que faz uma crítica extensa ao governo Bush.

Agora, é a vez do, à época da produção e lançamento da obra, Presidente – e atual candidato às eleições presidenciais novamente.

“Was it all just a dream?”

Rosto de Donald Trump projetado no Empire State Building, após ganhar as eleições, em nove de Novembro de 2016. Crédito da imagem: Divulgação/Midwestern Films, 2018.

Típico de outros documentários de Michael Moore, Fahrenheit Nove de Novembro traz um recorte de múltiplos acontecimentos políticos, que se interligam em um aspecto comum: o cenário político estadunidense ter chegado a um ponto tão absurdo, que de alguma forma Donald Trump foi eleito como seu presidente, em 2016. É claro, começando do começo, com aspectos da campanha de Trump e como ela se consolidou: com ele estando insatisfeito com seu salário no programa de televisão que estreava, The Apprentice, sendo menor do que o da estrela Gwen Stefani, então jurada do The Voice USA. Uma “brincadeira”, uma farsa para conseguir mais atenção da mídia, que logo se tornou realidade, uma vez que conseguiu apoiadores com suas falas racistas, machistas e xenofóbicas, para dizer o mínimo (FAHRENHEIT 11/9, 2018).

É apenas um dos pontos a se dizer sobre Trump; o documentário explora a sua relação problemática com sua filha, as declarações, a forma como a mídia era obrigada a focar sempre nele, por mais que ele os fizesse esperar ou os humilhasse, porque era o que trazia audiência, e logo, o dinheiro, as conexões que ajudaram Trump e que também possuem histórico de assédio sexual, entre diversos outros. “O gosto pelo poder”, como posto por Moore, realmente move as ações de indivíduos, bem como o dinheiro.

“Vou te contar, eu amei o que ele [Michael Moore] fez. Se eu fosse o Roger, eu não teria gostado, mas eu gostei. Mas, eu espero que ele nunca faça um [filme] sobre mim.”

Donald Trump, em um trecho de um talk show em que apareceu junto a Michael Moore, em 1998 (FAHRENHEIT 11/9, 2018, tradução nossa [2]).

O tópico seguinte explorado pelo documentarista, realizando um paralelo, é sobre a crise na cidade de Flint, Michigan, em 2014, causada pelo próprio governador republicano Rick Snyder. Ele declarou um estado de emergência sem que houvesse um, dispensou secretários e outros membros do governo, e tomou o poder para si; uma de suas decisões, voltadas para beneficiar seus patrocinadores e empresários, de mudar a fonte de água doce que abastecia a cidade para um rio com altos níveis de chumbo, causou danos permanentes em milhares de pessoas, e mesmo a morte pela contaminação. Barack Obama, à época presidente dos Estados Unidos, também não forneceu a ajuda da qual a população precisava (FAHRENHEIT 11/9, 2018).

Michael Moore rasgando um jornal com o rosto de Donald Trump, logo após Trump assumir o cargo de Presidente, em 2017. Crédito da imagem: Divulgação/Midwestern Films, 2018.

Bem como, há uma seção focada em um grupo de estudantes que, após um tiroteio em sua escola na Flórida, decidiram tomar ação, formando o grupo March For Our Lives. É o mesmo grupo que fez pressão política, em protestos e em rede nacional, sobre governadores e senadores quanto aos seus posicionamentos favoráveis à fácil aquisição e posse de armamentos – e que, coincidentemente, têm suas campanhas eleitorais patrocinadas pela National Rifle Association (FAHRENHEIT 11/9, 2018).

São apenas uma fração dos diversos pontos críticos explorados ao longo da obra, e que se conectam entre si em uma teia preocupante. Um momento particularmente interessante é mais ao final do documentário, quando são feitos paralelos entre uma videoaula clássica descrevendo despotismo de um lado, e do outro clipes de discursos de Trump e de seus apoiadores sendo xenofóbicos, racistas e intolerantes religiosos, com cortes precisamente intercalados (FAHRENHEIT 11/9, 2018).

A mesma mentalidade de “nós versus eles” que se via nos Estados Unidos no início do século XXI não sumiu, está apenas intensificada sob a campanha de Donald Trump, com ainda mais alvos. Outra comparação feita é a Hitler e à Alemanha nazista, e Moore a realiza com tanta nitidez que faz o espectador pensar que mesmo um parente de direita teria dificuldade em tentar defender o ex-presidente conservador.

Sim, ele voltou…

Gravação de Donald Trump presente em Fahrenheit 11/9. Crédito da imagem: Divulgação/Midwestern Films, 2018.

Mesmo após o fim de seu mandato, Trump não abandonou a política – em 2020, tentou ser reeleito, o que já é mostrado no documentário de dois anos antes. Moore apresenta um documento em que demonstra que Trump, assim que tomou posse em janeiro de 2017, já estava iniciando a campanha para as eleições presidenciais de 2020 (FAHRENHEIT 11/9, 2018) – estas que posteriormente, após perder para Joe Biden, tentou invalidar alegando fraude por parte do partido Democrata, e incitando o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021. Além disso, são mostrados trechos de discursos em que Trump repetiu diversas vezes na primeira metade de seu mandato sobre adiar as eleições de 2020 e fazer sua presidência prorrogada durar oito anos, comparando com o ocorrido em outros Estados como sua parabenização ao Presidente Erdogan da Turquia, que concedeu mais poderes a si mesmo através de um referendo, e os elogios ao Presidente Xi Jinping da China, que é “agora, Presidente pelo resto da vida” (FAHRENHEIT 11/9, 2018). Considerando a recusa em aceitar a vitória de Biden nas últimas eleições, defendendo até hoje uma narrativa de fraude, pode-se ponderar se haveria um padrão.

Donald Trump não é estranho a escândalos e a processos, tendo sua carreira política entrado em risco mais de uma vez desde que anunciou, em 2015, que estaria se candidatando a Presidente. Comentários sobre se orgulhar de assédio sexual, enaltecer supremacistas brancos, separar filhos de suas mães na fronteira México-Estados Unidos e colocá-los em estruturas que parecem gaiolas, abuso de poder e obstrução do Congresso estadunidense, é uma lista interminável e que em muitas das ocasiões citadas Trump saiu quase que impune. É o único ex-Presidente dos Estados Unidos a ter sido “impeachmado” duas vezes, e ainda assim tem chances de ganhar as eleições de 2024 – como posto por Mondschein (2024), Trump “fez da sobrevivência política uma arte” (Mondschein, 2024).

“É a mesma coisa que autoritários fascistas fizeram no passado. Você precisa ter certeza de que quando acusações de corrupção ou outro crime aparecerem, ninguém acredite no judiciário. Nos serviços de inteligência. Na imprensa. Você precisa ter certeza de que eles sejam desacreditados. (…) Trump estava fazendo isso com seus comícios, seus juramentos de lealdade. As pessoas não ligam se ele mente.”

Ruth Ben-Ghiat (FAHRENHEIT 11/9, 2018, tradução nossa [3]).

Contudo, ao contrário da campanha de 2016, e mesmo a de 2020, desta vez Trump possui um inimigo ainda maior: as consequências de suas ações. Por mais que muito do que já disse ou fez não tenha causado consequências jurídicas, atualmente Donald Trump está em processo de julgamento de 4 casos – já tendo sido condenado como culpado por um dos crimes, de falsificar registros financeiros empresariais, de modo a ocultar pagamentos realizados a uma atriz pornô antes das eleições de 2016, totalizando 130 mil dólares (Evans, 2024).

Além deste, está sendo julgado pela conspiração e motim para reverter a vitória de Biden em 2020, espalhando mentiras sobre fraude no sistema eleitoral estadunidense e incitando o ataque ao Capitólio, como supracitado; conspiração de fraude dos votos no estado da Geórgia, nas eleições de 2020, em que ele solicitou que “encontrassem” mais de 11 mil votos para que ele ganhasse nesse estado; e ter levado documentos confidenciais da Casa Branca para uma de suas casas, após deixar a presidência, obstruindo a atuação do FBI em recuperá-los (Evans, 2024).

No último, ainda, deve-se destacar que Trump comparou seu caso com o “escândalo de emails de Hillary Clinton” (Cohen, 2023), e que está argumentando que os processos são politicamente motivados pela administração Biden (Evans, 2024). No fim das contas, estar em tais processos ou ser condenado não impede o ex-presidente de concorrer ao cargo mais uma vez, não havendo impedimentos na Constituição estadunidense; a única forma, através de uma de suas emendas, teria que ser proposta pelo Congresso em primeiro lugar, cuja maioria é atualmente republicana (Astor, 2024).

Here we go again: as Eleições Presidenciais Estadunidenses de 2024

Trazendo mais ainda a discussão ao presente, em novembro de 2024, os estadunidenses escolherão o indivíduo que será seu Chefe de Estado pelos próximos quatro anos. Contudo, antes, é importante relembrar brevemente alguns pontos das eleições presidenciais dos Estados Unidos. Em primeiro lugar, os votos dos cidadãos não definem o presidente diretamente, e sim de forma indireta – através do Colégio Eleitoral, composto por 538 delegados distribuídos de forma desigual pelos 50 estados (Carvalho, 2020). Como exposto no mapa abaixo:

Mapa da distribuição do Colegiado Eleitoral nos Estados Unidos da América. Crédito da imagem: Nolan; Congressional Cartography Program, 2008.

Por exemplo, o candidato cujos votos forem mais numerosos no estado de New York “receberia os pontos” de seus 31 delegados, um passo interessante considerando que são necessários no mínimo 270 dos 538 (50% mais um) (Carvalho, 2020). Ou seja, por mais que a população tenha contabilizado mais votos por cidadão no candidato A, de nada adiantaria se o candidato B tivesse conseguido os delegados – o que aconteceu em 2016. Caso o sistema adotasse uma eleição direta, Hillary Clinton teria vencido Donald Trump por uma diferença de 2,9 milhões de votos, com mais de 68,4 milhões (48,2%) de votantes favoráveis à ex-Secretária de Estado (Krieg, 2016).

O segundo ponto essencial para a compreensão, ironicamente, vem antes do primeiro na linha temporal das eleições estadunidenses. As eleições presidenciais primárias, ou presidential primary elections, ocorrem para definir quem representará o partido Republicano e quem representará o partido Democrata – lembrando o sistema político bipartidário adotado pelos Estados Unidos. Em essência, cada partido escolhe um candidato para liderá-lo, que então irá concorrer contra o candidato contrário. As primárias ocorrem meses antes das eleições presidenciais de fato, e em datas diferentes nos estados; em 2024, elas aconteceram entre março e o início de junho (2024 PRESIDENTIAL…, 2024).

No documentário, há um momento de destaque, que chama a atenção ao fato de que os “veteranos” dos próprios partidos já selecionam, respectivamente, um dos candidatos das primárias para a segunda fase, e passam a persuadir os demais candidatos do respectivo partido a desistir, ou favorecem as campanhas do candidato escolhido em questão (FAHRENHEIT 11/9, 2018). No fim das contas, não são os votos ou a vontade do povo que importam, e sim os fatores que os líderes do partido julgam mais importantes – como financiamento (Klein, 2017; FAHRENHEIT 11/9, 2018). As próprias primárias de 2016 são prova, em que Bernie Sanders teria tido uma chance maior de vencer e ser o candidato democrata se o partido não houvesse claramente favorecido Hillary Clinton desde o começo (Klein, 2017); em Fahrenheit 9/11, Michael Moore chega a alegar mesmo uma manipulação de votos (FAHRENHEIT 11/9, 2018).

“Quero dizer, é antidemocrático que uma pequena elite selecione alguém e então tente direcionar as (eleições) primárias contra os outros candidatos, e isso é basicamente o que tem acontecido.”

Levi Tilleman (FAHRENHEIT 11/9, 2018, tradução nossa [4]).

Os resultados das primárias presidenciais de 2024, como pode-se ver abaixo, não surpreenderam, sendo praticamente consensuais. Pelo partido Democrata, o atual presidente Joe Biden. E pelo partido Republicano, em sua terceira campanha consecutiva, Donald Trump.

Mapa do resultado das eleições primárias do Partido Democrata, em 2024. Crédito da imagem: CNN, 2024.

Mapa do resultado das eleições primárias do Partido Republicano, em 2024. Crédito da imagem: CNN, 2024.

Ainda que tenha ocorrido uma concordância quase que geral em cada partido sobre qual candidato deveria vencer as primárias e concorrer à presidência, uma questão que deve ser mencionada é a baixa taxa de aprovação de ambos os candidatos. 

Ambos também compartilham uma “sombra de processos judiciais” relacionados a eles durante a campanha atual, por assim dizer, ainda que Biden não esteja diretamente envolvido no crime cometido, e sim seu filho, Hunter Biden, condenado por posse ilegal de arma, enquanto abusava de entorpecentes – porém, Biden também afirmou que não concederá o perdão presidencial (“VOU ACEITAR…, 2024; ENTENDA…, 2024). Condizente com as políticas que apoiou durante seu mandato, de fazer com que o judiciário estadunidense fosse confiado novamente, bem como a defesa da ética e transparência judicial (a exemplo da Courthouse Ethics and Transparency Act), e o fato de que sua campanha eleitoral ressaltou a condenação criminal de Trump em um anúncio (EPSTEIN, 2024).

“A definição de insanidade eleitoral é tentar reeleger esses mesmos caras de novo e de novo, e esperar que o país mude.”

Alexandria Ocasio-Cortez (FAHRENHEIT 11/9, 2018, tradução nossa [5]).

Há, ainda, uma confusão quanto às opiniões flutuantes sobre quem lidera as pesquisas de intenção de voto. Por exemplo, a ferramenta desenvolvida pelo The Economist para observar possíveis resultados das eleições presidenciais estadunidenses de 2024, com base em uma análise de diversas pesquisas realizadas a nível estatal e nacional, e em indicadores econômicos, prevê que há altas chances de que Trump vença no colegiado eleitoral, por mais que ambos empatem (em 44%), no voto popular.

Previsão das chances de vitória, e de possíveis votos do Colegiado, para cada candidato, segundo a ferramenta do The Economist. Crédito da imagem: The Economist, 2024.

A ferramenta 538, da ABC, por outro lado, identificou uma chance de 50/50, um empate, ainda que os dados tenham melhorado para Biden recentemente, porém seus analistas também temem que não seja algo durável (WHO IS…, 2024). A Forbes, em sua análise, reportou que nas pesquisas ou há um empate, ou Biden está à frente por muito pouco – assim como a 538, sendo uma virada recente, após semanas de pesquisas mostrarem Trump na liderança (Dorn, 2024). Ao mesmo tempo, na ferramenta da Real Clear Politics, a liderança de Trump sobre Biden é por uma diferença de apenas 0,9% (2024 GENERAL…, 2024), e ainda segundo a Forbes, nos sete estados considerados decisivos para essas eleições, ele ainda está no topo das estatísticas (Dorn, 2024).

“E às vezes, eu acho que é preciso um Donald Trump para nos fazer acordar e perceber que o que precisamos fazer é reconhecer que nós temos que nos livrar de todo o sistema podre que nos deu Trump. E para perceber que agora, agora mesmo, nosso tempo acabou. Precisamos agir imediatamente” (FAHRENHEIT 11/9, 2018, tradução nossa [6]).

Considerações Finais

O documentário tem todos os elementos positivos de um filme de Michael Moore, com seu estilo distinto e humor ácido e sarcástico, ainda que esteja um pouco mais sombrio em Fahrenheit Nove de Novembro. Seus cortes irônicos, por mais que prendam a atenção e permitam comparações visuais, sem que o narrador precise explicar cada ponto, são um aspecto muito interessante de se ver, em especial com pontos de entrevistas com pessoas relevantes aos assuntos tratados, que estiveram diretamente envolvidos. Porém, da mesma forma que é um forte da obra, e que ultimamente faz sentido por estar tudo interligado (possivelmente em mais formas do que jamais saberemos), os cortes de um a outro assunto – por exemplo, da crise em Flint para o tiroteio, e de volta a Flint –, pode ser um information dump em alguns momentos.

Moore está claramente com ainda mais raiva do cenário político nesta sequência, e é perceptível para quem já assistiu Fahrenheit Onze de Setembro. Chega a nos fazer ponderar se ele já está quase sem esperança e amargo, após tantos acontecimentos revoltantes na política de seu país: não somente o segundo mandato de Bush, que ele claramente não esperava ver, como todos os atos cometidos por Obama e a decepção que os acompanhou, apenas para Donald Trump ser a cereja no bolo.

Além de todos esses fatos entre um documentário e outro, ainda houve mais seis anos de outros eventos após esses, com os quais a liderança dos Estados Unidos no poder, não soube lidar – de imediato, pode-se citar, no caso de Trump, a forma como lidou com o início da Pandemia de COVID-19, em sua fase mais crítica. E para Biden, que falha em exercer influência corretamente, principalmente em diversas questões externas e referentes à política internacional, como o conflito Israel-Hamas. O próprio Michael Moore correlacionou o conflito com as chances de Biden ser reeleito terem diminuído drasticamente (Panreck, 2024). Ainda que muitas fontes e analistas estejam divididos entre as perspectivas, os próximos quatro anos no que se refere à presidência dos Estados Unidos parecem estar em uma corda bamba, podendo cair para qualquer um dos dois lados a qualquer momento; e a possibilidade de que Trump seja reeleito ainda se mantém, mesmo em meio aos crimes, escândalos e condenações.

Isso nos leva às perguntas finais: o que fará um dos candidatos perder vantagem nessa corrida acirrada, em meio a questões políticas e jurídicas? Será que veremos um cenário de caos, em caso de empate? Ou devemos esperar mais um documentário de Michael Moore em um futuro próximo? Campanhas eleitorais são voláteis, e opiniões públicas podem mudar com apenas uma notícia (ou no caso de Trump, uma ou mais condenações), ainda mais com processos envolvidos. Em especial no cenário que as pesquisas constroem atualmente, nenhuma tendência é concreta – como 2016 bem nos ensinou – e apenas Novembro dirá com certeza.

Notas

[1] “How the f— did this happen?” (FAHRENHEIT 11/9, 2018).
[2] “I tell you, I loved what he did. If I was Roger, I wouldn’t have liked it, but I enjoyed it. I hope he never does one on me, though” (FAHRENHEIT 11/9, 2018).
[3] “It’s the same thing that authoritarians and fascists have done in the past. You need to make sure that, when charges of corruption or other wrongdoing come forth, nobody believes the judiciary. The intelligence services. The press. You need to make sure that they are discredited. (…) Trump was doing that with his rallies, and his loyalty oaths. People don’t care if he’s lying” (FAHRENHEIT 11/9, 2018).
[4] “I mean, it’s undemocratic to have a small elite select someone and then try to rig the primary against the other people running, and that is basically what’s been happening” (FAHRENHEIT 11/9, 2018).
[5] “The definition of electoral insanity is trying to re-elect these same guys over and over again and expecting our country to be any different” (FAHRENHEIT 11/9, 2018).
[6] “And sometimes, I guess it takes a Donald Trump to make us wake up and realize that what we need to do is to acknowledge that we have to get rid of the whole rotten system that gave us Trump. And to realize that now, right now, our time is up. We need to act immediately” (FAHRENHEIT 11/9, 2018).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Mariana de Castro Lopes Alphonsus de Guimaraens

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